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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Gastroplastia por Videolaparascopia

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A cirurgia do aparelho digestivo apresentou nas ultimas duas décadas um grande impulso em função do desenvolvimento da CIRURGIA VIDEOLAPAROSCOPICA ou VIDEOLAPAROSCOPIA. Varias cirurgias corriqueiras como a retirada da vesícula biliar (colecistectomia) ou retirada do apêndice cecal (apendicectomia), entre outras, passaram a ser realizadas corriqueiramente por videolaparoscopia. As grandes vantagens deste método e’ a diminuição do tamanho das incisões, diminuindo sensivelmente o trauma cirúrgico e por conseqüência, diminuindo a dor pos-operatoria, encurtando o período de recuperação dos pacientes.
Gastroplastia , também chamada de Cirurgia Bariátrica, Cirurgia da Obesidade ou ainda de Cirugia de redução do estomago, é, literalmente, a plástica do estômago (gastro = estômago, plastia = plástica).
É uma cirurgia realizada em pessoas com o peso muito acima do ideal, os chamados obesos mórbidos.
Indicações gerais para cirurgia bariátrica segundo OMS
  1. Pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou superior a 40 Kg/m².
  2. Pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 35 e 40 Kg/m², que apresentem doenças associadas a obesidade como diabetes, hipetensão, apnéia do sono, dislipidemia e artropatias.
A classificação da obesidade é de acordo com o IMC =(Peso/altura²) O aumento de peso atualmente está divido em:
18,5-24,9 - IMC adequado
25,0-29,9 - Sobrepeso
30,0-34,9 - Obesidade Leve
35,0-39,9 - Obesidade Moderada
40,0-49,9 - Obeso Mórbido
50,0-59,9 - Super Obeso
> de 60,0 - Super Super Obeso
O tratamento clínico é escolha em pacientes com sobrepeso e obesidade leve (IMC entre 30-34,9 Kg/m²). Hoje está estabelecido que o tratamento cirúrgico está indicado em pacientes definidos com obesidade moderada (IMC > 35 Kg/m²) que tenham co-morbidades como apnéia do sono, hipertensão, diabetes mellito, dislipidemia, artropatias ou aqueles pacientes com IMC > 40 Kg/m² independente de haver co-morbidades ou não. Isso porque já foi evienciado que existe um risco muito maior do paciente morrer por complicações clínicas relacionadas à obesidade do que morrer com a realização da cirurgia e os benefícios que ela traz.[1]
A mortalidade por cirurgia bariátrica laparoscópica em 2009 é 0,3%[1]
Estudos vão ainda mais longe demonstrando que o risco de morte em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica é 35% menor do que aqueles que seguem tentando realizar somente tratamentos clínico com IMC > 35 Kg/m² com co-morbidades ou IMC>40 Kg/m² [2] [3].
Tipo de mecanismo das cirurgias bariátricas:
  1. Totalmente Restritivos - Causam restrição do estômago. Banda Gástrica Ajustável, Cirurgia de Mason e Cirurgia de Sleeve;
  2. Mistos e Predominantemente restritivos: os desvios gástricos como o Bypass Gástrico com e sem anel;
  3. Mistos e Predominantemente disabsortivos: as derivações bileopancreáticas (Duodenal Switch, Scopinaro);
  4. Totalmente disabsortivo - Bypass Jejuno-Ileal (essa cirurgia foi proibida por complicações relacionadas à alça exclusa);
Os tipos de cirurgias bariátricas mais freqüentemente realizados segundo Kawahara são:[4]
A técnica mais conhecida e estudada é a chamada Cirurgia de Bypass em Y de Roux. A cirurgia inicia com uma videolaparoscopia. Na sequência, os procedimentos são idênticos. O estômago, que tem capacidade para cerca de dois litros é seccionado com um grampeador cirúrgico de maneira a se obter um novo estômago com capacidade para apenas 15-30ml. Uma alça intestinal é anastomosada ao novo estômago para permitir a saída e a absorção dos alimentos que é chamada anastomose gastrojejunal. O funcionamento da cirurgia é através da restrição da ingestão de alimentos, e em menor parte por disabsorção, uma vez que cerca de 150 cm de intestino delgado são desviados (técnica mista - predominantemente restritiva). O emagrecimento acentuado pode requerer cirurgias plásticas para a retirada do excesso de pele.
Um outro grupo de cirurgias para redução de peso é o das cirurgias chamadas "predominantemente disabsortivas" e as principais representantes deste grupo são as realizadas pela técnica de Scopinaro e o "Duodenal Switch". O paciente pode apresentar diarréia ao ingerir alimentos gordurosos e ter desnutrição proteica sobretudo no Scopinaro. Tanto o Scopinaro quanto o Duodenal Switch podem ser feitos por laparoscopia.
Em todas as técnicas, o paciente precisa ser acompanhado de perto por uma equipe especializada multidisciplinar e receber suplementos de vitamina B12, Cálcio e polivitamínicos.

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